segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Inseto.



Há pouco tempo no banheiro percebi que ao entrar, sem querer, pisei em cima de um inseto.
Mas pra minha aflição era um dos poucos insetos que aprecio, o vagalume.
Vi que ele se contorcia, e instintivamente pensei em tomar a atitude de acabar com a agonia e o sofrimento do desafortunado, então e peguei o chinelo e... Esperei.
Minha ansiedade é forte, normalmente eu já teria concluído isso tudo com certo peso na consciência, mas dessa vez foi diferente, até desaprovaria esse tipo de comportamento, que, de certa forma pode-se julgar ser uma reação fria e perversa, mas esperei.
Dentro de seu desespero o inseto reagia de forma epilética, um tanto quanto sem perspectivas para quem assistia. Até que ele decidiu, assim como eu, parar e esperar. Nesse momento deu para ver que ele tinha perdido 2 das 6 patinhas... Ele estava encaixado no buraquinho do tapete, estático e abalado. Andar em linha reta não era uma opção, o amiguinho teria que escalar o tecido. Então ele-o fez, colocou as patinhas da frente e tentou subir, mas caiu. O engraçado é que ele não se ofegou, tentou até conseguir com muita determinação, e ainda seguiu muito bem os outros buraquinhos do tapete.
Determinação... Apesar das belas percepções e avaliações que idealizei dessa situação, acho que prefiro não concluir com metáforas e provérbios, 
quem leu que pondere.
Obs: Depois do banho, pisei com tudo no tapete que fez um barulho de esmagamento, meu coração acelerou quase como um ataque cardíaco. Quando olhei era uma pontinha de higiênico molhado, ao lado dele o vagalume perscrutando o equilíbrio do seu novo andar.

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